Direção defensiva
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O conceito de direção defensiva é o oposto de ter habilidade ao volante para escapar de abordagens suspeitas de outros motoristas ou fugir de perseguições de criminosos.
Dirigir defensivamente é conduzir o carro de forma a prevenir e evitar acidentes, apesar dos erros de outros motoristas ou de condições adversas e imprevisíveis no trânsito, nas vias urbanas e nas estradas.
Em primeiro lugar, você deve conhecer as regras básicas do trânsito, como sinalização, limites de velocidade, transporte adequado de crianças, uso do cinto de segurança nos bancos dianteiros e traseiros, entre outras dicas para não sofrer nem causar acidentes.
A atenção permanente é essencial para você se antecipar às ameaças do trânsito e se preparar para enfrentá-las. A palavra-chave é segurança. Segurança dos motoristas, dos passageiros, dos ciclistas, motociclistas e dos pedestres.
A seguir, algumas dicas para você dirigir defensivamente:
Mantenha o seu carro em condições seguras, fazendo manutenção periódica, porque todos os sistemas e peças do seu veículo se desgastam com o uso e o tempo.
Fique concentrado na direção. Os veículos em movimento mudam constantemente de posição. Por exemplo, a 80 quilômetros por hora, um veículo percorre 22 metros em um único segundo. Se acontecer um imprevisto, entre perceber o problema, tomar a decisão de frear, pisar no pedal e o carro parar totalmente, serão necessários pelo menos 44 metros. Por isso, mantenha distância do veículo à sua frente.
A pouca concentração na direção faz com que você reaja mais lentamente. Alguns dos fatores que retardam seus reflexos são consumo de bebida alcoólica, uso de drogas ou medicamentos que modificam o comportamento, ter participado, recentemente, de discussões fortes e sonolência. Usar o celular, assistir televisão, ouvir música em volume que não permite escutar os sons do seu próprio carro e dos demais, transportar animais soltos e objetos que podem se deslocar durante o trajeto também representam riscos enquanto você dirige.
Respeite os limites de velocidade indicados nas placas de sinalização. O tempo que se ganha correndo acima da velocidade permitida não compensa os riscos e o estresse. A 80 quilômetros por hora você percorre uma distância de 50 quilômetros em 37 minutos, e a 100 quilômetros por hora você vai demorar 30 minutos para fazer o mesmo trajeto.
Prepare-se para entrar numa curva com antecedência, diminuindo a velocidade, usando o freio e até reduzindo a marcha. Ao fazer uma curva, o efeito da força centrífuga exige certo esforço para não deixar o veículo sair da trajetória. Quanto maior a velocidade, mais você sente essa força, que pode até fazer você perder o controle da direção, provocando capotamento ou derrapagem, com colisão com outros veículos ou atropelamento de pedestres e ciclistas. Você não deve frear numa curva, porque seu carro perde a aderência ao solo e a força centrífuga age para tirá-lo da pista. Se precisar frear na curva, dê pisadas leves no pedal e acerte a direção do veículo. Com a velocidade reduzida, você deve fazer a curva pisando levemente no acelerador, para aumentar a aderência dos pneus à pista.
Quando você visualizar um declive acentuado, teste os freios, engate uma marcha reduzida durante a descida e não desligue o motor, que também funciona como um freio. Com o motor desligado, os freios não funcionam adequadamente, possibilitando que o veículo atinja velocidades descontroladas e até o travamento da direção.
Sempre informe aos motoristas que seguem atrás do seu carro o que você pretende fazer, utilizando a sinalização convencional. Não demonstre indecisão para não confundir o motorista de trás que, certamente, não é tão bom quanto você.
Quando for ultrapassar um veículo, esteja certo de que as condições são de absoluta segurança. Siga as regras básicas: mantenha distância correta do veículo a ser ultrapassado e verifique o fluxo de tráfego no sentido contrário e na retaguarda. Decisão tomada, sinalize a sua intenção tanto no deslocamento para a ultrapassagem quanto no retorno para a pista da direita. Quando você for ultrapassar um veículo, deve acelerar, sem exagero, para reduzir o tempo na pista de sentido contrário.
Facilite a manobra de quem está ultrapassando o seu carro. Muitas vezes, o veículo que faz a ultrapassagem joga o carro para a direita para desviar do fluxo que vem em direção contrária. Reduza sua velocidade e aumente a distância entre o seu carro e o da frente para que o veículo que o ultrapassou possa voltar para a faixa da direita.
Nas rodovias, ao enfrentar vento forte, você deve manter os vidros – do lado do motorista e do passageiro – um pouco abertos para reduzir a instabilidade que você vai enfrentar. Segure o volante com firmeza e diminua a velocidade. O vento desestabiliza o carro, que fica mais “leve” devido ao colchão de ar que se forma entre o fundo da carroceria e a pista.
Sob neblina ou cerração, você deve imediatamente acender o farol baixo, ou de neblina, se tiver, além de aumentar a distância do veículo à frente e reduzir a velocidade. Não use farol alto, porque reduz ainda mais a visibilidade. Nessas condições, a pista fica úmida e escorregadia, reduzindo a aderência dos pneus. Se você sentir muita dificuldade em continuar a dirigir, pare em local seguro, como um posto de gasolina. Só use o acostamento em caso extremo e de emergência e ligue o pisca-alerta.
Nos cruzamentos, não facilite. Mesmo que a preferência seja sua, diminua a velocidade e olhe para todas as pistas que se encontram, antes de seguir em frente.
Caso você se depare com animais na pista, reduza a velocidade e nunca buzine. Um barulho inesperado ou mesmo um facho de luz pode assustar o animal, que pode se projetar contra o seu carro. Acidentes com animais são mais comuns do que você pensa. Colidir com um cavalo ou um boi, muitas vezes, resulta na destruição do veículo, com vítimas fatais entre os seus ocupantes.
Fonte: tudosobreseguro.org